quinta-feira, novembro 01, 2007

E hoje consegui finalmente ter a certeza de que o verão acabou.
O frio apodera-se. A noite e o escuro chegam mais cedo. E com elas arrasta o trabalho, pouco recompensado e tão mal pago. Estes Invernos são frios e não trazem boas recordações. Fico mais melancólica e distraída. Sinto que nada faz sentido e que faço as coisas porque tenho mesmo de fazer.
Olho em volta, um grupo de amigos, recordamos momentos bem passados neste verão que durou tanto tempo. Mas como está frio e estou cansada não tenho vontade de ficar ali com eles como fazíamos antes. Gosto deles, gosto de falar com eles e rir com eles.
E hoje vi-te, trocamos algumas palavras mas nada de especial.«. Já não sinto mesmo, axo até que já n sinto nada. Apenas aquele carinho especial.
A minha vida está repleta de coisas que quero fazer, mas também repleta de coisas que tenho de fazer.. Esta semana perguntaram-me se o meu dia tinha 48 horas e eu disse que não mas que ás vezes precisava mesmo que tivesse.
Xeguei a casa do trabalho. Mais uma noite. A minha mãe sai para trabalhar, dá-me um beijo na testa e diz para ir descansar.
Recebo uma mensagem tua, já não me mandavas uma mensagem a muito tempo. Não te dei grande importância. Respondo de uma forma "seca" como quem não está interessada. Desta vez consegui esconder o meu contentamento, axo que consegui fazer com que não percebesses que foi a melhor noticia que recebi hoje, que este foi o melhor momento do meu dia. Já é um grande passo.
Olho em volta, esta semana vou dar mais alguns passos. Tenho de conseguir ser mais organizada. Já consegui por os pontos nos i's em alguns campos da minha vida. Axo que já não anseio apaixonar-me e começo a dar mais valor a certos pormenores da minha vida.
Quero aprender a gostar de mim. Quero gostar tanto de mim como alguns amigos meus gostam.
Gosto mesmo deste caminho que faço para casa. Entro no metro e observo todos os bêbados que saiem das discotecas, ás vezes até me rio com eles, outras vezes faz-me muita impressão o quão bêbados estão. Saio do metro e pelo caminho vou fazendo o meu charro. Olho á volta e só vejo carros na rua a passar a altas velocidades. Uma ou outra pessoa ás vezes. Ninguém me chateia sou só eu, o meu silencio, os meus pensamentos e o meu charro. Acendo-o. Vou fumando-o devagarinho, sem pressas, sem horários. Ai, sabe tão bem. Chego a casa e aquele leite gelado com cereais cai-me lindamente. Por fim, uma cama me espera. Não é a tua mas é na mesma um bom refugio onde gosto de acabar a minha noite...

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